Versículos Bíblicos

Como funcionam os tubarões

Os dentes do tubarão


Devoradores de humanos?
Os tubarões aterrorizam as pessoas porque alguns deles podem alimentar-se de seres humanos. Às vezes, os tubarões realmente atacam seres humanos, mas o risco desse ataque acontecer é muito pequeno. Apenas uma pequena porcentagem das espécies de tubarão ataca e, mesmo assim, muito raramente. Esses tubarões geralmente atacam quando uma pessoa invade seu ambiente ou, acidentalmente, por confundirem uma pessoa com sua presa. Em ambos os casos, o mais provável é que o tubarão desistirá depois da primeira mordida. Eles não têm nenhum interesse real em humanos como fonte de alimento.
São registrados de 75 a 100 ataques de tubarão todos os anos e, destes, menos de 20 são fatais. Estatisticamente, esse número é muito baixo.
A única arma do tubarão é sua boca. Como suas nadadeiras e seus órgãos dos sentidos, a boca do tubarão é uma adaptação fisiológica muito eficiente, perfeitamente adaptada à sua finalidade. Existem dois elementos que tornam a boca tão eficiente: os dentes e as mandíbulas. Os dentes do tubarão são como os dentes dos predadores terrestres. Eles são muito afiados para cortar a carne. Os tubarões são exclusivamente carnívoros. Alguns tubarões que vivem no fundo do oceano possuem dentes especiais para abrir as conchas, mas os mais ativos possuem dentes adequados para comer carne. Há uma grande variedade de dentes de tubarões, assim como uma grande variedade dos próprios tubarões. Esses dentes podem ser divididos em duas categorias gerais.
Muitas espécies de tubarão, como o tubarão-duende e o tigre-da-areia, possuem dentes longos e finos. Essa estrutura é bem adequada para caçar pequenos peixes. O tubarão mata o peixe imediatamente com uma única mordida. Em seguida, engole o peixe inteiro.
Os tubarões que caçam presas maiores precisam de uma estratégia diferente e também de dentes diferentes. Eles mordem suas presas várias vezes, mordendo grandes pedaços de carne. Os tubarões deste grupo, que inclui o famoso tubarão-branco, possuem dentes bastante serrados. Esses dentes atuam como uma faca de caça e cortam facilmente carne e ossos. Muitos tubarões possuem combinações de dentes longos e afiados com dentes serrados para que possam manter a presa no lugar certo enquanto a cortam.


um grande tubarão-branco
Foto cedida Carl Roessler
Um tubarão-branco de 4 metros e meio: os grandes tubarões-brancos atacam suas presas com sua boca cheia de dentes triangulares serrados.
Os dentes dos tubarões têm a mesma consistência básica que os nossos, mas não se acomodam na boca da mesma forma. Os nossos dentes ficam em compartimentos e não são substituídos depois da infância. Os dentes dos tubarões são presos à mandíbula por um tecido macio e caem o tempo todo. Isso é fundamental para o tubarão: dentes gastos ou quebrados são constantemente substituídos por outros novos e afiados. Em alguns deles, como o tubarão-branco, esses dentes são dispostos em várias fileiras.
 Os tubarões possuem uma estrutura de mandíbula bastante peculiar, o que faz de suas bocas armas especialmente eficazes. Na maioria dos animais, a mandíbula inferior move-se livremente, mas a superior é presa ao crânio. Nos tubarões, a mandíbula superior fica abaixo do crânio, mas pode ser solta quando o tubarão ataca sua presa. Isso permite que o tubarão empurre toda a mandíbula para frente para pegar a presa. A mobilidade da mandíbula varia entre espécies diferentes, mas todos os tubarões modernos possuem essa habilidade em algum grau.


Sentidos básicos dos tubarões

Um dos principais motivos pelos quais os tubarões são ótimos predadores é o fato de possuirem sentidos apurados. Inicialmente, os cientistas pensavam nos tubarões como enormes narizes que nadavam. Quando os pesquisadores tamparam as aberturas nasais de tubarões cativos, eles tiveram problemas para localizar suas presas. Isto parecia demonstrar que os outros sentidos do tubarão não eram tão desenvolvidos quanto o olfato. Pesquisas posteriores demonstraram que os tubarões têm, na verdade, vários sentidos aguçados, mas dependem de todos eles funcionando em conjunto. Quando um deles é tirado, a habilidade dos tubarões para caçar fica significativamente prejudicada.

tubarão-azul
Foto cedida Carl Roessler
O tubarão-azul é caracterizado não apenas por sua cor peculiar, mas também por seu longo focinho. Os tubarões-azuis já foram as espécies mais comuns de tubarão, mas agora estão ameaçados de extinção devido à pesca predatória.
O nariz do tubarão é definitivamente uma das suas características mais impressionantes. Conforme o tubarão se move, a água flui através de duas narinas frontais, posicionadas nas laterais do focinho. A água entra pela passagem nasal e passa por dobras de pele cobertas por células sensoriais. Em alguns tubarões, essas células sensoriais podem detectar até mesmo os menores traços de sangue na água. Um grande tubarão-branco, por exemplo, seria capaz de detectar uma única gota de sangue em uma piscina olímpica. A maioria dos tubarões pode detectar sangue e odores de animais há quilômetros de distância.
Outra coisa impressionante sobre o olfato dos tubarões é o fato de ser direcional. As duas cavidades nasais atuam como seus dois ouvidos: odores que vêm da esquerda do tubarão chegam à cavidade esquerda antes de chegar à direita. Desta forma, o tubarão pode identificar de onde vem o odor e ir direto a ele.
Os tubarões também têm a audição muito apurada. Pesquisas relatam que eles podem ouvir sons quase imperceptíveis que estão abaixo da capacidade humana. Os tubarões podem rastrear sons a quilômetros de distância, especialmente sons da aflição de presas feridas.
A visão varia de espécie para espécie. Alguns tubarões menos ativos que ficam perto da superfície não possuem a visão muito apurada, já os que ficam no fundo do oceano possuem olhos muito grandes que os permitem enxergar na escuridão. A maioria dos tubarões, no entanto, possui o campo de visão bastante amplo, já que os olhos são posicionados nas laterais da cabeça. Um grande exemplo é o tubarão cabeça-de-martelo, cujos olhos projetam-se para fora da cabeça.


tubarão cabeça-de-martelo
Foto cedida Carl Roessler
Os tubarões-martelo caracterizam-se pela grande estrutura de sua cabeça. Os olhos e as narinas dos tubarões estão posicionados no final dessas proeminências.
Muitas espécies também confiam muito em seu paladar. Antes de comer algo, eles dão uma "mordida de teste". Os receptores gustativos agrupados na boca analisam a refeição em potencial para verificar se é agradável. Os tubarões freqüentemente rejeitam presas que estejam fora de suas dietas comuns após essa primeira mordida.
Além desses sentidos, os tubarões também possuem alguns outros que não compreendemos completamente. Na próxima seção, veremos esses sentidos para entender como funcionam e como ajudam os tubarões.

Outros sentidos dos tubarões

Na última seção, vimos que os tubarões possuem a audição e o olfato mais apurados que os humanos. Eles também usam um sentido que nós não possuímos. Os ampulários de Lorenzini conferem ao tubarão o sentido elétrico. Os ampulários consistem em pequenas dobras de células receptoras sensíveis à eletricidade, posicionadas sob a pele da cabeça do tubarão. Estas células são conectadas a poros na superfície da pele através de pequenos tubos preenchidos com uma espécie de geléia. Os cientistas ainda não compreendem tudo sobre esses órgãos ampulários, mas sabem que os sensores permitem que os tubarões sintam a presença dos pequenos campos elétricos gerados por organismos vivos. O alcance do sentido elétrico parece ser bastante limitado (alguns metros à frente do nariz do tubarão), mas isso é o suficiente para caçar peixes e outras presas no oceano.


Como funciona os ampulários de Lorenzini
A água flui pelos sistemas lineares laterais. As vibrações da água estimulam as células sensoriais no tubo principal, alertando o tubarão sobre a presença de presas e predadores.
Outro órgão de sentido particular é a linha lateral do tubarão. A linha lateral é basicamente um conjunto de tubos abaixo da pele do tubarão. Os dois tubos principais correm pelas laterais do corpo, da cabeça até a cauda. A água flui para dentro desses tubos principais através de poros na superfície da pele. A parte de dentro dos tubos principais são alinhados com projeções semelhantes a fios de cabelo, que são conectados a células sensoriais. Quando algo se aproxima do tubarão, a água que corre pela linha lateral move-se para frente e para trás. Isso estimula as células sensoriais, alertando o tubarão para presas potenciais ou predadores que estejam na área.
Isolados, nenhum dos órgãos sensoriais do tubarão seria adequado para a caça. Mas a combinação de todos esses sentidos fazem do tubarão um predador incomparável. O sucesso dos tubarões deve-se, em grande parte, a esses avanços fisiológicos: eles são feitos para encontrar comida. Eles também são muito bons em pegar comida, como veremos na próxima seção. Saiba mais no site: ( http://ciencia.hsw.uol.com.br/tubaroes4.htm )

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